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Sunday 25 January 2015

Liberta-te



    Sabe aquele sentimento de entusiasmo que você tem quando está prestes a viajar para algum lugar novo, conhecer pessoas novas, conhecer paisagens novas? É com esse mesmo entusiasmo que tu deves acordar, receber e viver/celebrar cada minuto, cada hora, cada dia que te é dado. A final de contas, as pessoas, as paisagens, a natureza em geral com as quais tu vives não são as mesmas de um minuto atrás. Por que te apegas às aparências, se a vida é movimento?

    Tola ilusão. Cultivai a vida interior. Cultivai o amor. Filha desse constante movimento é a dor. A cada minuto milhares das células do teu corpo morrem. A cada minuto milhares de células nascem em teu corpo. Disse o sábio poeta Shakespeare em O Menestrel que, “depois de algum tempo você aprende que não temos que mudar de amigos se compreendermos que os amigos mudam”. E mesmo assim tu ainda mantêm impressões vencidas que só te limitam à vida e te aprisionam ao sofrimento. É por isso que tu deve inspirar-se na leveza do ar e na flexibilidade e fluidez da água que se ajusta a cada nova situação que lhe é apresentada.

     Não tenhas medo do movimento, pois ele é inerente à jornada da vida. Esforço-te para abrir mão dos condicionamentos e vícios comportamentais, emocionais e mentais que te aprisionam ao sofrimento. Sim, refiro-me ao entorpecente chamado “projeção”. Apegar-se as aparências (ou ao que é concreto e efêmero) só te trás dor e prazer. Outro poeta sábio disse, “a dor é inevitável o sofrimento é opcional” (Carlos Drummond de Andrade). Na ótica Budista “a dor é veículo de consciência”.

     Por isso, irmão, vossos erros são vossos melhores professores. A gratidão é o sentimento que tu deve cultivar pela oportunidade de cada inspiração e de cada expiração. Procurai expandir tua consciência de que tu é a luz divina. Procurai também refleti-la através de tuas manifestações. Namastê _/|\_

 

Sunday 11 January 2015

Sobre a nudez



A cada manhã me esforço para andar sem a roupagem da vaidade, do orgulho, da preguiça, da culpa, da angústia, do egoísmo e suas proles.

Sonho com o dia em que mostrar as vergonhas seja, de novo, algo natural. 

Nu, busco banhar minhas vergonhas na luz do sol.
Nu, busco ver tuas vergonhas à luz do sol.

Com a brancura pálida d'morte dos impulsos jubilo-me por entrever a essência do meu ser.

Tire a roupa!